Ações para que a sua escola aposte em educação inclusiva
Mais um ano letivo está chegando e para as escolas o período é de planejamento e prática. Uma das questões que merecem atenção é a educação inclusiva. Fundamental para que as crianças sejam bem recebidas e sejam integradas ao sistema de ensino, ela instiga gestores e educadores a se reinventarem e transformarem na estrutura ou na didática o ambiente. Neste post trazemos algumas dicas para tornar a sua escola inclusiva.
Confira:
Libras O que a legislação diz a respeito: A Língua Brasileira de Sinais (Libras) é reconhecida como a segunda língua oficial brasileira. Ela possui uma estrutura gramatical própria. Investindo na inclusão: Especialmente nos primeiros anos da educação infantil, as crianças tendem a receber bem os colegas, mesmo que eles sejam diferentes. É hora de trabalhar não só conceitos como cidadania e respeito, como incentivar a aprendizagem de Libras entre eles. Muitas vezes isso se dá através da contratação de um profissional qualificado ou através do treinamento da equipe.
É importante pensar no planejamento em longo prazo e na possibilidade da instituição acolher não um, mas vários alunos surdos. Além disso, o fato de acolher um estudante que necessite de atenção especial faz da escola um ambiente transformador com impacto em toda a comunidade em que está inserida.
Recurso para interação
A contação de história é essencial no processo de aprendizagem. As crianças são visuais e conseguem gravar muito mais através das imagens, expressões, entonação de voz e da linguagem do professor. Este pode ser um momento especial na inclusão do aluno com deficiência auditiva, pois recursos como a PlayTable, que oferece livros digitais com contação de histórias em Libras, proporcionam a mesma atividade que outrora estava restrita a alunos ouvintes. Os alunos ouvintes acompanham o áudio enquanto os surdos o intérprete, ao mesmo tempo em que observam as figuras e as palavras destacadas em cada página. https://youtu.be/FekvvSq4v3Q
Deficiências motoras
Em vigor desde 2016, a Lei Brasileira da Inclusão (LBI) visa assegurar a oferta do ensino também para crianças que tenham deficiência. Crianças com essas limitações demandam atenção em relação às atividades, com adaptação dos materiais utilizados ou melhorias no ambiente para garantir a acessibilidade.
O que é preciso observar
Há a questão estrutural, como rampas, banheiros adequados e outras alterações que garantam a acessibilidade. Em sala de aula, uma dica é contar com um professor de apoio para a gestão das atividades e a partir daí também incluir as demais crianças, para que eles possam apoiar os alunos com dificuldades de locomoção. Assim, além de interagir entre si, elas estimularão a empatia e estarão engajados na busca de um ambiente melhor para todos. Na didática, é importante avaliar brincadeiras e atividades antes de aplica-las. Caso ela seja excludente, o ideal é buscar um formato com ganho similar, mas que envolva toda a turma. Também vale a ideia de criar ações para estimular a coordenação motora. Pinturas, puzzles, atividades com pinças, são algumas das estratégias que irão ajudar.
Engajamento da comunidade difícil e nem sempre acontece como o esperado. Mas é importante destacar que a comunidade escolar não é feita apenas de professores e alunos. Famílias e comunidade podem participar da educação das crianças e serem informadas sobre o que está acontecendo na instituição é o primeiro passo. Por isso, incentive reuniões, palestras e bate-papos com todos, pautando nestes encontros temas ligados à educação inclusiva. Muitas vezes a participação de todos pode ser decisiva para que uma criança seja integrada à comunidade e o ensino fortalecido.
Aulas extra curriculares Estes são momentos fundamentais para estimular a aprendizagem do aluno com deficiência. Juntos, professores e coordenadores poderão eleger atividades voltadas especificamente para determinadas dificuldades do aluno. Muitas instituições usam a PlayTable neste período e os jogos não só apoiam na fixação dos temas vistos em sala de aula, como também na coordenação motora e psíquica. A criança, através do brincar, estimula a memória e o raciocínio, bem como os movimentos. Outra questão é que com as atividades lúdicas os alunos poderão criar laços entre si, fortalecendo conceitos como colaboração.
Cristiano Sieves
Especialista em LudopedagogiaEspecialista em Ludopedagogia para Educação Infantil e anos iniciais e autor de livros infantis, tem mais de 10 anos de experiência desenvolvendo jogos e games na área de Educação. Atualmente é Gerente de Marketing e Produtos na Playmove.