Ambiente lúdico no hospital: saiba como desenvolver e os impactos positivos para o tratamento das crianças
"Quando o hospital oferece um espaço lúdico, as crianças tendem a interagir melhor e estar mais abertas ao tratamento"
Uma pesquisa do Instituto Desiderata realizada neste ano avaliou os impactos de um espaço lúdico dentro de hospitais no tratamento das crianças. O estudo realizado em 37 entidades da rede pública de saúde ouviu pacientes e também gestores, para entender como é realizada a criação destes ambientes e a avaliação de quem é atendido ali.
Das pessoas ouvidas, 100% delas destacam que a humanização do tratamento começa pelo acolhimento e respeito ao paciente e mais de 18% dos participantes afirmam que o espaço lúdico tem peso determinante para a melhor aceitação e resultado do tratamento.
Maior interação com a equipe médica
Local naturalmente tenso, o hospital é o último lugar que uma criança deseja estar. Lá, além de ser privada de muitas atividades, precisa lidar com a dor e sintomas que não reconhece muito bem. Segundo a pesquisa, quando o hospital oferece um espaço lúdico, com brinquedos que possam ser acessíveis a crianças com diferentes limitações e locais acolhedores, elas tendem a interagir melhor. Isso significa que conseguirão se expressar melhor e estarão mais abertas ao tratamento. Outra questão é que um espaço acolhedor alivia as tensões e a ansiedade e reduz a sensação de dor e indisposição. Além do próprio estudo, existem outras questões que devem ser avaliadas e são essenciais para apoiar o tratamento das crianças. A primeira delas é garantir que o paciente tenha acesso a educação e sua a trajetória escolar não fique atrasada. Não é apenas uma questão de bom senso, mas de cumprimento da lei, como você pode ver neste post.
Criando um ambiente acolhedor A falta de investimentos pode ser uma barreira para que a instituição desenvolva um espaço infantil bem projetado. Por isso, mais do que pintura, variedade de brinquedos ou livros, é essencial direcionar as aquisições para produtos que contemplem uma faixa etária ampla. Além disso, deve-se estar atento à facilidade de higienização dos brinquedos, já que trata-se de um local que precisa estar sempre bem cuidado. Muitas instituições tem adquirido a PlayTable para os espaços infantis. Além de divertir, os games educativos também apoiam o desenvolvimento tanto do conteúdo escolar quanto motor.
Na AACD, por exemplo, as mesas são direcionadas no apoio ao tratamento das crianças com habilidades motoras reduzidas, tanto para terapia ocupacional como para reforço escolar.
Em Blumenau (SC) o produto apoia nas práticas pedagógicas do Hospital Santo Antônio.
Cristiano Sieves
Especialista em LudopedagogiaEspecialista em Ludopedagogia para Educação Infantil e anos iniciais e autor de livros infantis, tem mais de 10 anos de experiência desenvolvendo jogos e games na área de Educação. Atualmente é Gerente de Marketing e Produtos na Playmove.