Geração Alpha: como trabalhar os nativos digitais em sala de aula?
Uma breve observação na rotina das crianças é suficiente para encontrar algo em comum: elas possuem afinidade com a tecnologia e a maioria sabe manusear aplicativos e está exposta a uma imensa quantidade de informações.
Os Alphas, como são denominadas as crianças da nova geração que começam a chegar nas escolas, já não se encaixam na educação tradicional e é um grande desafio mantê-los interessados e prontos para encarar as lições repassadas em sala de aula. Por isso, o investimento em novas tecnologias tem se tornado fundamental e não há mais como fugir dessa nova realidade. Proibir aparelhos eletrônicos se tornou praticamente impossível. A melhor maneira tem sido utilizá-los de forma proativa na educação.
Ensino mobile Uma das características dos nativos digitais é que eles não tem mais que esperar um lugar específico para acessar determinada informação. Hoje ela está na ponta dos dedos e pode ser vista a qualquer hora. Por isso é importante que o uso de smartphones e tablets quantas crianças na sua classe já possuem um possa ter o uso indicado para práticas pedagógicas de acordo com cada faixa etária. Uma das características que estão bastante presentes é o touch. Ter o mundo a um toque se tornou comum: aproveite isso para o ensino! Estimule interações, debata sobre a importância de encontrar fontes seguras e confiáveis, trabalhe questões relacionadas a vida na internet.
Jogo faz mal? Há alguns anos, os vídeo games eram vistos como vilões da educação das crianças. Muitas, de fato, tratam de violência e outros assuntos que podem não contribuir para o desenvolvimento. No entanto, com a tecnologia cada vez mais crescente, os games também ganharam as salas de aula. Com temas educativos, que estimulam a colaboração e a inclusão, se tornaram peças-chave na conduta da educação. eles apoiam na memorização das lições aprendidas em sala de aula, introduzem a criança no mundo da literatura e são uma ferramenta de estímulo para o desenvolvimento cognitivo.
Protagonismo é a chave Uma das dicas para que a criança se sinta parte da escola é transformá-la em uma protagonista do sistema educacional. Mais do que receber informações, agora ela tem o mundo na ponta dos dedos e pode compartilhar com os colegas. Estimule o aluno a compartilhar suas vivências e o que aprende com o restante da turma. É importante também aplicar o debate e tornar o ambiente escolar um processo de construção conjunta.
Cristiano Sieves
Especialista em LudopedagogiaEspecialista em Ludopedagogia para Educação Infantil e anos iniciais e autor de livros infantis, tem mais de 10 anos de experiência desenvolvendo jogos e games na área de Educação. Atualmente é Gerente de Marketing e Produtos na Playmove.