Série BNCC: ciências no 1º ano do ensino fundamental

"Exercitar a curiosidade intelectual, atuando na resolução de problemas e criando soluções com base nos conhecimentos adquiridos nas diferentes disciplinas"

Homologada no fim do ano passado, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento normativo que tem o intuito de unificar a aprendizagem nas escolas públicas e privadas de todos os alunos da Educação Infantil e do Ensino Fundamental no Brasil.

Ela estabelece conhecimentos, competências e habilidades que se espera que todos os estudantes desenvolvam ao longo da escolaridade básica e traz uma série de desafios para as instituições e os educadores.

De acordo com o parecer e a resolução normativa do Conselho Nacional de Educação (CNE), as redes já podem começar a trabalhar na implementação da política. A revisão dos currículos deve acontecer preferencialmente em 2019 e até o prazo máximo do ano letivo de 2020. As indicações que fazem parte do projeto podem ser conferidas no site da BNCC.

A sua escola já está por dentro de todas as questões que envolvem o tema?

A partir de agora, traremos aqui no blog uma série especial de posts que abordará alguns dos tópicos de destaque da BNCC. Para começar, falamos sobre a abordagem das ciências no 1º ano do ensino fundamental. Aqui, além do que diz a resolução, damos algumas dicas de como abordar os conteúdos.

Confira!

1 - O que diz a BNCC

Segundo as competências gerais para os anos iniciais do ensino fundamental, as crianças devem adquirir algumas habilidades através da Base. Valorizar e utilizar os conhecimentos construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, e assim colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva. Além disso, exercitar a curiosidade intelectual, atuando na resolução de problemas e criando soluções com base nos conhecimentos adquiridos nas diferentes disciplinas. Para a área das ciências, o documento traz alguns tópicos que explanam o que se espera da aprendizagem das crianças neste estágio. Além de questões ligadas ao tempo, ao corpo e à diversidade, há ainda a abordagem sobre matéria e energia:

Características dos materiais:

  • Comparar características de diferentes materiais presentes em objetos de uso cotidiano, discutindo sua origem, os modos como são descartados e como podem ser usados de forma mais consciente.

Como os jogos da PlayTable são avaliados e selecionados?
 

Corpo humano e respeito à diversidade:

  • Localizar, nomear e representar graficamente (por meio de desenhos) partes do corpo humano e explicar suas funções.
  • Discutir as razões pelas quais os hábitos de higiene do corpo (lavar as mãos antes de comer, escovar os dentes, limpar os olhos, o nariz e as orelhas etc.) são necessários para a manutenção da saúde.
  • Comparar características físicas entre os colegas, reconhecendo a diversidade e a importância da valorização, do acolhimento e do respeito às diferenças.

Escalas de tempo:

  • Identificar e nomear diferentes escalas de tempo: os períodos diários (manhã, tarde, noite) e a sucessão de dias, semanas, meses e anos.
  • Selecionar exemplos de como a sucessão de dias e noites orienta o ritmo de atividades diárias de seres humanos e de outros seres vivos.


Para apoiar a aprendizagem das crianças no descobrimento do corpo, algumas dicas de como inserir atividades ou dinâmicas podem ser úteis. Um exemplo é o uso de músicas infantis que facilitam o entendimento e auxiliam na associação de identificação das partes do corpo humano, como é o caso da popular cabeça, ombro, joelho e pé. Ou opções de jogos como o Pequeno Eu, da PlayTable, que tem o objetivo de reforçar e expandir o conhecimento do aluno sobre as partes do corpo humano, com seus órgãos, ossos e músculos. Com ele é possível adquirir habilidades de aprendizado como atenção e concentração, observação, análise e sintetização, relações entre imagem e posição no tabuleiro, além do apoio a socialização.

Conheça o jogo Pequeno Eu - Exclusivo para PlayTable.  

Já sobre as características dos materiais, o educador pode contextualizar pedindo para as crianças trazerem algo que tem em casa que são utilizados no cotidiano, como pasta de dente, rolo do papel higiênico ou caixa de um alimento e aí discutirem do que é feito e como podem ser usados e eliminados mais corretamente. Incluir esses tipos de atividades nos métodos de ensino aplicados hoje em sala de sala de aula pode alavancar a melhoria na educação.

Segundo o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), divulgados no fim do ano passado, o Brasil teve uma queda de pontuação nas três áreas avaliadas: ciências, leitura e matemática. O resultado também refletiu negativamente na posição do Brasil no ranking mundial: o país ficou em 63º em ciências, 59º em leitura e na 66ª colocação em matemática.

Além disso, 4,38% dos alunos brasileiros ficaram abaixo até do menor nível no qual a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) determina habilidades esperadas para os estudantes em ciências. De acordo com a OCDE, "um jovem letrado cientificamente está preparado para participar de discussões fundamentadas sobre questões relacionadas à Ciência, pois tem a capacidade de usar o conhecimento e a informação de maneira interativa".  

Cristiano Sieves

Especialista em Ludopedagogia

Especialista em Ludopedagogia para Educação Infantil e anos iniciais e autor de livros infantis, tem mais de 10 anos de experiência desenvolvendo jogos e games na área de Educação. Atualmente é Gerente de Marketing e Produtos na Playmove.