Três escolas que adotaram a tecnologia nas atividades da educação especial

A educação de crianças e adolescentes com deficiência não ocorre apenas em instituições exclusivas para elas. Alunos com deficiências físicas e psíquicas também frequentam o ensino regular e devem ser atendidos nestes ambientes.

Para os educadores, é um grande desafio, pois é preciso criar estratégias e ações para que, de fato, estes estudantes tenham suas necessidades atendidas. O inciso 1º do capítulo V da  Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional diz que haverá, quando necessário, serviços de apoio especializado, na escola regular, para atender às peculiaridades da clientela de educação especial. Como um destes apoios para a inclusão, muitas instituições brasileiras estão optando pelo uso de tecnologias voltadas à educação.

Uma delas é a PlayTable, que traz games construídos dentro da Ludopedagogia que auxiliam também no desenvolvimento de atividades com os alunos com deficiências.

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Confira três exemplos que separamos:

Apae Videira: conhecida como Escola Especial Tia Ana, a instituição atende crianças e adolescentes com deficiência intelectual e múltipla. No segundo semestre de 2016, a PlayTable passou a ser o novo recurso para as aulas de informática da entidade. O uso da tecnologia não é novidade para os alunos, que também já contavam com tablets e adaptadores para os computadores. A professora de informática, Jeane Pagliari, fala sobre a importância desse tipo de produto e como a PlayTable tem auxiliado no desenvolvimento da educação especial: Cada estudante tem as suas limitações para aprendizagem, mas o dispositivo torna estes momentos mais atrativos. Elas se interessam mais e não fica maçante aprenderem e se desenvolverem. A inclusão desse conceito de brincar enquanto aprende facilita bastante. Já podemos notar melhora no desenvolvimento de algumas crianças. 

Atendimento Educacional Especializado (AEE) de Fraiburgo (SC): neste caso a educação especial acontece nas escolas públicas da cidade. São cerca de 170 crianças atendidas e a PlayTable visa fortalecer o desenvolvimento motor e cognitivo. A prefeitura disponibiliza 40 mesas digitais. O objetivo do uso dos games educativos é que auxiliar os professores a explorarem as habilidades de concentração, raciocínio, coordenação motora fina e compreensão das crianças. No contra turno escolar, a PlayTable ajuda os estudantes a acompanharem os colegas na aprendizagem do conteúdo apresentado em sala de aula. Na escola regular, além do fator inclusão, as crianças com necessidades especiais também têm a oportunidade de ampliar as referências, conviver com alunos de cultura e faixa etária diferentes, e dessa forma se desenvolverem ainda mais.



AMAI-SBO: diferente do case apresentado acima, nesta instituição as atividades são voltadas exclusivamente a estudantes com autismo. A PlayTable auxilia não só no estímulo da coordenação motora e da cognição, mas também no relacionamento com outras crianças, já que alguns games podem ser jogados em até quatro estudantes. Os alunos que frequentam a entidade também estão matriculados no ensino regular e as ações desenvolvidas pelos educadores da AMAI-SBO visam estimular a aprendizagem para que elas possam acompanhar os demais colegas.  

Cristiano Sieves

Especialista em Ludopedagogia

Especialista em Ludopedagogia para Educação Infantil e anos iniciais e autor de livros infantis, tem mais de 10 anos de experiência desenvolvendo jogos e games na área de Educação. Atualmente é Gerente de Marketing e Produtos na Playmove.