Pedagogia hospitalar: o que diz a lei sobre a alfabetização em hospitais
Crianças que precisam ser internadas em razão de algum problema de saúde também têm direito à educação. É isso o que prevê a legislação brasileira quando o assunto é pedagogia hospitalar.
Desde 1996 existe a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, que estabeleceu as regras para o ensino brasileiro e incluiu ainda o ensino em hospitais. A normativa, no entanto, traz um grande desafio para as instituições de saúde, que não só precisam incluir o estudante no contexto escolar, como oferecer subsídios para que ele possa se desligar do ambiente clínico e se concentrar na aprendizagem. Para auxiliar os educadores, desde 2002 o Ministério da Educação conta com um documento chamado Classe Hospitalar e Atendimento Pedagógico Domiciliar: estratégias e orientações. Nele constam importantes dicas para que os professores possam conduzir as aulas com alunos em hospitais.
Como engajar um paciente no universo educacional?
Essa é uma dúvida comum da maioria dos educadores, já que a criança ou adolescente internado lida diariamente com novidades, imprevistos e surpresas ligados ao seu tratamento. Neste caso, nem sempre a metodologia tradicional de ensino consegue ser aplicada. Para que a pedagogia hospitalar seja bem sucedida, os educadores podem adotar ações como as que listamos abaixo:
- Criar um ambiente descontraído, com mobília e objetos coloridos. É importante que o aluno conte com um espaço criado para essa finalidade, para que possa esquecer por um momento de seu tratamento. - Utilize métodos não tradicionais, levando para as aulas dinâmicas e novidades que possam prender a atenção do estudante. Muitos deles estão um processo crítico do tratamento e até mesmo debilitados. É importante considerar essas situações para então colocar as atividades em prática.
- Aprender brincando é mais divertido. Utilize a ludopedagogia a seu favor e opte por jogos e games que auxiliam no processo de aprendizagem. No Hospital Santo Antônio, em Blumenau (SC) a PlayTable foi a aposta da instituição para que as aulas ficassem mais divertidas.