Professor: veja 5 atitudes para tornar a rotina em sala de aula mais prática e produtiva

"Fazer com que a sala de aula seja um ambiente atrativo e bem sucedido é um grande desafio dos docentes brasileiros."

Além de contar com recursos limitados na maioria das instituições, ele precisa ainda entender uma nova geração de alunos que está chegando às escolas Alguns hábitos podem auxiliar o professor a deixar a rotina na sala de aula mais prática e produtiva.

Os alunos da nova geração precisam de abordagens diferentes para se concentrarem. Nem sempre as práticas adotadas há alguns anos ainda são atrativas para os alunos que estão chegando à idade escolar.

A pesquisa da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgada no último ano, por exemplo, aponta que no Brasil o professor perde 20% do tempo de aula acalmando os alunos e colocando a classe em ordem para poder ensinar.

O problema afeta não só o desempenho dos estudantes, mas também o rendimento do professor, que acaba esgotado por esta situação. O estudo ainda mostrou que mais de 10% dos alunos são considerados problemáticos, gerando ainda mais trabalho para os docentes na hora de conseguir engajar a turma. Para evitar o desperdício de tempo e construir uma relação de confiança com a classe, o docente precisa ir além da grade curricular e apostar em novas atitudes.

Já falamos aqui, poder exemplo, sobre a importância da inteligência emocional em sala de aula.

E neste post listamos outras cinco dicas:

Rotina Escolar: o modelo tradicional de ensino envolve uma série de disciplinas. Por si só, já é um desafio e tanto para o aluno assimilar todas as questões apresentadas. Por isso é importante trabalhar com um cronograma bem definido, levando em consideração as melhores datas para o ensino de cada. É fundamental que o professor, juntamente com a equipe escolar (coordenação, direção) seja quem defina a rotina escolar. No entanto, é importante levar em consideração as necessidades dos alunos. Algumas adaptações, desde que não causem impactos negativos no cronograma escolar, trarão mais tranquilidade para o dia a dia. Essa colaboração ajuda no sentimento de pertencimento e as crianças percebem que são parte fundamental da engrenagem e não meros ouvintes. Com o cronograma bem planejado o professor poderá trabalhar com mais tranquilidade e pensar em ações de longo prazo, como viagens com a turma, projetos experimentais, organização de feiras, formatos de avaliação que não sejam apenas a prova tradicional.

Utilizando recursos visuais: além de prenderem a atenção das crianças mais novas, esse tipo de ação também facilita a aprendizagem, já que nosso cérebro assimila mais facilmente conteúdos visuais. Existem N maneiras de incluir os recursos visuais em sala de aula: o professor pode utilizar desde o tradicional retroprojetor até um filme, um game e ilustrações. É importante se pensar em imagens que estejam associadas ao conteúdo e que ganhem destaque na apresentação da matéria. O professor pode ainda fortalecer a relação entre a imagem e o conteúdo, para que o aluno relembre do que foi aprendido em sala de aula no momento em que for avaliado.

Ludopedagogia: quando a aula deixa de ser monótona, com atividades relacionadas a brincadeiras e interações que sejam interessantes, as crianças têm mais facilidade de aprender. criança adora brincar e é neste momento que ela pode aprender. Traga para a sala de aula brincadeiras, jogos e dinâmicas que auxiliem na aprendizagem: pode ser do conteúdo curricular em si ou de questões ligadas a comportamento e relacionamento em sociedade.

Tenha na tecnologia uma aliada: é quase impossível para a nova geração estar desconectada. A tecnologia está cada vez mais acessível e pode ser tornar um curinga para deixar a sala de aula mais interessante. Ser educador dos nativos digitais não é tarefa fácil, mas pode ficar muito mais leve se a tecnologia for vista como uma aliada. Foi o que fez a escola São Gonçalo do Amarante, do Rio Grande do Norte. Com a PlayTable como ferramenta de educação, os alunos aprendem português, inglês, história, geografia e matemática. Além de ser um recurso tecnológico, os games da PlayTable são baseados no conceito de ludopedagogia, que falamos acima. Com o apelo tecnológico, as salas de aula se tornaram ambientes muito mais interessantes e agora são locais que estimulam a aprendizagem rápida e de forma divertida.  

Aposte na colaboração: as novas gerações são mais dinâmicas e criativas, por isso demanda abordagens diferenciadas para explorar todo o seu potencial. Estamos na era da troca de informações, em processos colaborativos e a sala de aula acaba se tornando um grande laboratório. É o que chamamos de aprendizagem ativa, em que os alunos não ficam apenas ouvindo, mas também colaboram no processo de aprendizagem. Para isso é fundamental ouvir e criar outros mecanismos na rotina de ensino: estudos de grupo, pesquisa de conteúdo para depois ser discutido e apresentado em sala de aula, dinâmicas e discussões são fundamentais.

Cristiano Sieves

Especialista em Ludopedagogia

Especialista em Ludopedagogia para Educação Infantil e anos iniciais e autor de livros infantis, tem mais de 10 anos de experiência desenvolvendo jogos e games na área de Educação. Atualmente é Gerente de Marketing e Produtos na Playmove.