Saiba o que é o conceito de open plan na educação e como aplicá-lo no seu dia a dia
Tradicionalmente, as escolas brasileiras atuam com um padrão de ensino: os alunos são dispostos em salas de aulas, cada um com sua respectiva cadeira e mesa, alinhados em fila ou, em algumas situações, em círculo. Esse formato de organização, criado principalmente para garantir organização na rotina e facilitar o controle do professor sobre a situação, está sendo deixado de lado em algumas localidades. É aí que entra o open plan, ou plano aberto. A ideia é reduzir ou até mesmo eliminar as paredes, transformando o ambiente escolar em um espaço mais democrático e integrado. No dia a dia, é possível trazer alguns destes conceitos para ampliar o pensamento crítico dos estudantes e apostar em novas ações no ensino. Não é preciso quebrar as paredes, literalmente, para que o open plan faça parte do seu cotidiano pedagógico.
Embora seja uma ideia que surgiu na área da arquitetura, o plano aberto pode ser utilizado no momento de planejar e desenvolver as atividades em sala de aula. E claro, devem ser feitas conforme as possibilidades de cada instituição. Na Finlândia, país que é referência mundial em educação, o open plan se tornou a aposta das autoridades para revolucionar o ensino. Espaços multimodais, salas sem paredes e, principalmente, flexibilidade no ensino. E é justamente este último ponto que pode apoiar e inspirar os professores brasileiros.
Veja as dicas abaixo:
- Aulas ao ar livre: tradicionalmente apenas algumas matérias, como educação física, são lecionadas fora da sala de aula. Porém, incluir na rotina idas ao pátio, passeios próximos à instituição, estudo do ambiente em que estão incluídos e debates em locais que fujam do tradicional podem dar aos estudantes mais liberdade e confiança.
- Ensino multidisciplinar: o open plan é um conceito interessante para que o educador utilize um mesmo tema para trabalhar em diferentes disciplinas. No pátio da escola, por exemplo, as crianças podem descobrir formas geométricas diferenciadas, calcular o número de determinados objetos, aprender a escrever e descrever o que vêem e ainda debater questões relacionadas à melhoria do espaço.
- Ludicidade e tecnologia: aprender não está apenas relacionado a ler e escrever. Novamente podemos tomar a Finlândia como um exemplo, em que games e o uso da tecnologia estão sempre em alta. Aqui no Brasil, mesmo em escolas públicas é possível apostar nessas questões. Através de recursos lúdicos, os alunos conseguem assimilar de forma mais positiva as lições e a aula não se torna maçante. Quando o assunto é investimento em equipamentos, é importante optar por aqueles que possam ser utilizados por mais turmas, em diferentes idades e matérias. Como a PlayTable, por exemplo, com games educativos indicados para crianças a partir de três anos. São mais de 50 games disponíveis em diversos níveis de dificuldade, proporcionando ao professor o complemento ideal de ensino, transformando o espaço escolar.
- Discutir é essencial: mais do que derrubar paredes, o open plan ganha força em todo o mundo porque promove uma importante discussão sobre o papel do estudante. Mais do que um mero receptor, ele tem ganhado um papel fundamental, como protagonista e integrante ativo das escolas, que precisa atuar também como formador de opinião. Por isso, promover debates entre diferentes turmas e ouvir o que as crianças têm a dizer dá a elas o sentimento de pertencimento e pode, aos poucos, transformar a realidade escolar.
Cristiano Sieves
Especialista em LudopedagogiaEspecialista em Ludopedagogia para Educação Infantil e anos iniciais e autor de livros infantis, tem mais de 10 anos de experiência desenvolvendo jogos e games na área de Educação. Atualmente é Gerente de Marketing e Produtos na Playmove.